Como as chamadas “Dark Kitchens” mudaram o jeito de vender comidas durante a pandemia

Um restaurante sem endereço, sem fachada, sem mesas, sem balcão, sem garçom, onde o cliente sequer conhece onde fica.

Assim são as “Dark Kitchens” (ou cozinhas escuras na tradução), que funcionam apenas para o preparo de alimentos para entregas.

O conceito de porta a porta já existia antes, mas foi a pandemia da covid-19 que acelerou o processo.

Uma pesquisa da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, mostrou que as vendas por entrega quase que dobraram entre janeiro e maio deste ano, em comparação o mesmo período do ano passado.

Os gastos com os principais aplicativos de entregas de alimentos (Rappi, iFood e Uber Eats) cresceram 94,67%, no período.

Outro dado vem da ABF (Associação Brasileira de Franchising): a fatia do delivery no faturamento das franquias de alimentação dobrou, passando de 18% para 36% de março a agosto.

Quando muitos passaram a trabalhar de casa (e não tinham tempo ou habilidade de cozinhar) ou deixaram de sair para jantar, os restaurantes viram nas cozinhas “fantasmas” uma saída para superar o rombo que a falta de clientes “in loco” causou.

Imóveis menores e/ou pior localizados, sem espaço para mesas e funcionários que atendam o público, ajudam a equilibrar as contas.

Para Rodrigues, gestor da Rappi, embora o delivery não substitua a experiência de frequentar um restaurante, esse pode ser um empurrão importante para quem quer empreender.

“Em vez de montar uma loja de R$ 500 mil, que nem sabe se terá aceitação do público, melhor começar pela Dark Kitchen. Pode até ser um teste para escolher o melhor local para um futuro restaurante aberto”, afirma.

Fonte: Uol

Rolar para cima
× Entre em contato