O mercado food service traz uma notícia esperançosa de acordo com as pesquisas da Food Consulting.
Haverá um salto de recuperação em 2021, comparando com as perdas causadas pela pandemia em 2020.
Os números promissores, levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e projeções da Food Consulting, apontam que o setor vai passar de uma queda de 32% em 2020 para uma alta de 22% a 25% em 2021.
A notícia triste é que muitos destes ganhos devem ocorrer por conta da menor competição do mercado, já que pelo menos 25% dos operadores fecharam as portas em 2020.
Quem conseguir sobreviver absorverá essa demanda de clientes que querem voltar a consumir – mesmo com renda menor.
“O mercado vai se recuperar com menos estabelecimentos em um 2021 mais positivo do que se imagina. Quem se mantiver no mercado de forma saudável, ativa, e que se reinventou, vai abocanhar uma fatia do bolo até maior do que já tinha”, afirma o consultor Sérgio Molinari.
Essa projeção tem ressalvas, já que o futuro é muito incerto devido ao possível retorno da segunda onda de Covid-19.
Tendências para 2021
O uso das redes sociais, do Google e de ferramentas de delivery foram canais complementares que passam a ocupar cada vez mais espaço nas estratégias dos empreendedores.
Um dos indicadores é uma análise do comportamento do consumidor a partir de pesquisas realizadas em setembro e outubro, quando as regras de distanciamento foram flexibilizadas em praticamente todo o país. Molinari conta que, nestes meses, os take away teve a mesma quantidade de clientes do atendimento presencial, e que a modalidade vem crescendo fortemente na preferência dos clientes
Delivery definitivo
Além dos novos formatos de vendas, Molinari ressalta que o delivery veio para ficar definitivamente. Para isso ele cita a mais recente pesquisa feita pelas entidades com projeções da Food Consulting, em que 45% dos operadores adotaram a entrega em domicílio durante a pandemia e vão incorporá-la de vez aos seus negócios – a mesma quantidade passou a utilizar aplicativos de marketplace.
Muitos deles, 47%, começaram a divulgar seus negócios nas mídias sociais e Google e durante a pandemia para informar aos clientes das ações e opções oferecidas. Destes, 19% indicaram que vão manter promoções e descontos fixos nas suas rotinas e mais 27% de forma temporária.
Fonte: Gazeta do Povo